Há um ano, um crime chocava o país. Como um pai em sua sã consciência poderia jogar sua filha, sangue do seu sangue, da janela de seu apartamento localizado em um bairro nobre de São Paulo, rua Santa Leocádia, do edifício London. Até parecia que a moda iria pegar. Semanas depois, em Curitiba, uma mãe faz a mesma coisa com sua filha, mas nesse caso em específico não houve um envolvimento grande por parte da mídia. A mãe, depressiva, joga o filho de oito meses pela janela do sexto andar. Não lhe parece familiar? Na minha opinião, não existe depressão no mundo que faça com que uma mãe ou pai jogue seu filho de uma janela abaixo. Eu conheço por monstruosidade, sandice. Pois é. 29 de março de 2008. Durante meses, o Brasil só falava em um único assunto: a brutalidade, a frieza, a monstruosidade de um pai. Parece que foi ontem. Aquele barulho, a imprensa em cima do caso 24 horas, a sociedade em cima para que a justiça fosse feita.
Isabela Oliveira Nardoni, filha de Ana Carolina Oliveira e Alexandre Nardoni. Vítima da crueldade do homem, da crueldade de seu pai. Hoje, 29 de março de 2009, um ano depois de sua morte, cerca de 500 pessoas participaram da missa que foi celebrada na igreja Nossa Senhora dos Prazeres, na zona norte de São Paulo. Em entrevista ao Fantástico no dia 22 de março de 2009, a mãe de Isabela em conversa com a apresentadora Patrícia Poeta, diz que vive um dia de cada vez e que ainda não se acostumou com o assédio da imprensa e do público. Afirmou também que pretende está no dia marcado para a sentença do casal Nardoni. O casal está preso há onze meses em Tremembé, a 147 km da capital paulista. Ambos vão a júri popular.
Segundo Arnaldo Jabour, “As leis de execução penal têm de ser aceleradas, as punições têm de ser mais temíveis, mais rápidas.” Embora o jornalista tenha alguma razão em sua indagação, e na sua afirmação de indignação, entendo, pela minha experiência, que somente essas alterações não são suficientes para a resolução dos problemas. A culpa é de todo o sistema, envolvendo legislação frouxa, Poder Judiciário moroso, Estado responsabilizado por não apresentar condições adequadas no sistema carcerário brasileiro, polícias despreparadas materialmente para apuração de fatos, limitando-se a dar ênfase a casos rumorosos e de repercussão etc”.
Isabela Oliveira Nardoni, filha de Ana Carolina Oliveira e Alexandre Nardoni. Vítima da crueldade do homem, da crueldade de seu pai. Hoje, 29 de março de 2009, um ano depois de sua morte, cerca de 500 pessoas participaram da missa que foi celebrada na igreja Nossa Senhora dos Prazeres, na zona norte de São Paulo. Em entrevista ao Fantástico no dia 22 de março de 2009, a mãe de Isabela em conversa com a apresentadora Patrícia Poeta, diz que vive um dia de cada vez e que ainda não se acostumou com o assédio da imprensa e do público. Afirmou também que pretende está no dia marcado para a sentença do casal Nardoni. O casal está preso há onze meses em Tremembé, a 147 km da capital paulista. Ambos vão a júri popular.
Segundo Arnaldo Jabour, “As leis de execução penal têm de ser aceleradas, as punições têm de ser mais temíveis, mais rápidas.” Embora o jornalista tenha alguma razão em sua indagação, e na sua afirmação de indignação, entendo, pela minha experiência, que somente essas alterações não são suficientes para a resolução dos problemas. A culpa é de todo o sistema, envolvendo legislação frouxa, Poder Judiciário moroso, Estado responsabilizado por não apresentar condições adequadas no sistema carcerário brasileiro, polícias despreparadas materialmente para apuração de fatos, limitando-se a dar ênfase a casos rumorosos e de repercussão etc”.
2 comentários:
Que a justiça seja feita.
A palavra certa pra esse caso> MONSTRUOSIDADE.
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